free webpage hit counter

Texto para discussão 04/2006

Um modelo pós-keynesiano de crescimento e distribuição de renda aplicado à dinâmica das economias capitalistas desenvolvidas e em desenvolvimento
Breno Pascualote Lemos*, José Luís da Costa Oreiro**

Resumo
Neste artigo descreveremos as principais características do modelo de crescimento pós-keynesiano formulado por Oreiro & Ono (2005), assim como também proporemos a sua reestruturação, particularmente, através de mudanças nos módulos I e II do modelo. No módulo I, que trata da demanda efetiva, (i) será reformulada a função investimento, colocando o investimento como função da diferença entre o estoque de capital desejado no período corrente e o estoque de capital do período anterior, a fim de proporcionar a estabilização do grau de utilização da capacidade produtiva, e (ii) a variável que descreve o animal spirits ou impulso dos empresários será endogeneizada. No módulo II, que trata da produção e da renda, endogeneizaremos o progresso tecnológico de acordo com as idéias de Kaldor (1957). Como exercício de análise e teste de robustez do modelo apresentado, serão realizadas duas simulações em computador para averiguar a aderência do modelo proposto a alguns fatos estilizados tanto das economias desenvolvidas, como das economias em desenvolvimento. Os fatos estilizados que pretendemos demonstrar são os seguintes: (i) a volatilidade da taxa de inflação é maior nos países em desenvolvimento; (i) o nível de produto cresce mais rapidamente nas economias desenvolvidas, ampliando o gap entre países ricos e pobres; (iii) a volatilidade da taxa de crescimento do nível de produto é maior nas economias capitalistas em desenvolvimento; e (iv) que a volatilidade da taxa real de juros é menor nas economias desenvolvidas. Os resultados das simulações mostram que o modelo consegue reproduzir a dinâmica capitalista tanto de uma economia desenvolvida como de uma economia em desenvolvimento.

Palavras-chave: economia pós-keynesiana; crescimento econômico; distribuição de renda; flutuações.

JEL: O41, O11, E12

* Aluno do Programa de Mestrado em Desenvolvimento Econômico da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
** Doutor pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ), professor do Departamento de Economia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Diretor do Centro de Pesquisas Econômicas da UFPR e pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

PDF (PDF - 385 KB)