Texto para discussão 06/2006
Revisitando a natureza da revolução keynesiana: flexibilidade salarial, equilíbrio com desemprego e desemprego de desequilíbrio na macroeconomia pós-Keynes
José Luís Oreiro*
Um dos poucos consensos que se formou entre os economistas - ao menos os pertencentes ao mainstream da ciência econômica - é que a proposição de Keynes, explicitada na sua General Theory of Employment, Interest and Money (doravante GT), de que as economias capitalistas poderiam permanecer numa situação de equilíbrio com excesso persistente de oferta de trabalho; dependeria criticamente da hipótese de rigidez da taxa nominal de salários. Apenas nesse caso, o excesso de oferta não seria "efetivo", no sentido de provocar uma redução dos salários nominais e - dado o nível de preços - do salário real; o que, dadas as hipóteses tradicionais de maximização de lucros e rendimentos marginais decrescentes do fator de produção trabalho; eliminaria o excesso de oferta, fazendo coincidir a demanda com a oferta de trabalho."(...)"
* Doutor em Economia pelo Instituto de Economica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ), Diretor do Centro de Pesquisas Econômicas da Universidade Federal do Paraná (CEPEC/UFPR) e pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
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